Para apontar caminhos e soluções para cidades inteligentes, é impossível não pensar em como lidar com tragédias e desastres naturais, cada vez mais frequentes por conta de inúmeros fatores, um deles e o grande desafio para os gestores, questões climáticas e ambientais. Como estar preparado para lidar com essas situações, prever desastres e salvar vidas?
A partir desse questionamento podemos discorrer no conceito de “Cidades Resilientes”, o que são as cidades resilientes e como o Brasil, o quinto maior país do mundo em extensão e o maior país da América Latina, um país de dimensões continentais com uma geografia tão diversa e plural, pode atender essas demandas.
As cidades resilientes são àquelas que se adaptam as necessidades, ou seja, são pensadas ou projetadas para adaptar-se à mudanças e transformações sociais por meio de suas capacidades de manter retornar, adaptar ou transformar rapidamente suas funções diante de um distúrbio ou mudança que limite suas possibilidades atuais ou futuras.
Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional dos Municípios – CNM, mostrou que nos últimos 10 anos, de 2013 a 2022, 93% dos municípios brasileiros foram atingidos por algum desastre natural, aproximadamente 4,2 milhões de pessoas tiveram que deixar suas casas, dados que somados aos desastres que vimos no ano de 2023, como os do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Espirito Santo, ultrapassam 5 milhões de pessoas atingidas.
Um grande desafio para os Gestores Públicos, e segundo pesquisas de agências internacionais e brasileiras, uma das tendências para 2024 no conceito de Smart Cities (cidades inteligentes) são as Cidades Resilientes e suas com suas possibilidades de reconstrução e ocupação. Como vimos na pesquisa da CNM, os municípios brasileiros estão enfrentando desafios diários com as questões climáticas. No município de Petrópolis, no estado do Rio Janeiro, 241 pessoas foram vítimas de um desastre natural, em fevereiro de 2022, o maior volume de chuvas registrado no Brasil, até o momento. E como a gestão pública do município tratou esta questão?
Clique aqui e assista a live da Rede Brasil de Inovação e Cidades Inteligentes e saiba mais sobre essa história:
A Gestão Pública pode transformar essas situações aliada a um plano estratégico com apoio de ferramentas tecnológicas inovadoras, como nesse case que você assistiu no vídeo. Nele, o CEO da Ineeds System, Pedro Curcio, conta sobre os desafios de empreender na área de soluções para prevenção em caso de desastres, sobre a tragédia ocorrida em Petrópolis e como ele fez parte desta história com uma solução inovadora. Pedro reforça a importância da tecnologia e de soluções inovadoras para preservar vidas “ Trabalhar em prol da vida é muito importante e essa simetria com o poder público se faz muito importante para os munícipes entenderem como ação” relata.
Mas, o caso de 2022 foi só um estopim para tudo que viria em 2023, onde foram registrados 1.161 eventos de desastres, sendo 716 associados a eventos hidrológicos, como transbordamento de rios, e 445 de origem geológica, como deslizamentos de terra. O número supera os registros de 2022 e 2020, segundo os dados divulgados pelo tecnologista Rafael Luiz do Centro Nacional de Desastres Naturais, unidade de pesquisa vinculada do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)
Como resolver essas questões? Esse debate parece que está longe do fim e precisando de investimentos, sabendo que a tecnologia é comprovadamente um importante aliada para preservar vidas em questões atípicas e desastres naturais. Uma temática muito abordada por especialistas dentre as mais de 60 palestras no evento SMART CITIES PARK de 22 a 24 de novembro de 2023, em Nova Petrópolis, evento com apoio na organização da Rede Brasil de Inovação e Cidades Inteligentes – RBICI. E nós te convidamos a assistir mais e ler os materiais que disponibilizamos para ampliar esse debate.
Texto: Fernanda de Freitas – Jornalista/MTB 5427/SC
As palestras que podem ser assistidas no canal do youtube do Instituto Paulo Ziulkoski – parceiro da RIBCI.
Link:
https://www.youtube.com/@institutopz
Como material de apoio, deixamos a cartilha da ONU para cidades resilientes.
https://www.unisdr.org/files/26462_guiagestorespublicosweb.pdf